Quase um ano depois da introdução de portagens na Via do Infante os resultados estão à vista: milhares de Algarvios foram assaltados nos seus rendimentos agravando as já muitas dificuldades financeiras decorrentes da concretização da política de direita; a actividade económica foi fortemente atingida, sobretudo as PME's incapazes de suportar mais este custo; quebras na actividade e atractividade turística; desaproveitamento irracional de uma importante infra-estrutura que deveria estar ao serviço das populações e que está hoje claramente sub-aproveitada; aumento da sinistralidade rodoviária e crescente congestionamento da EN125.

A partir do dia 1 de Outubro, com o fim das isenções parciais que existiam, os automobilistas do Algarve viram agravar-se ainda mais o custo da utilização da Via do Infante, prejudicando ainda mais as populações.

Para o PCP não há solução para este problema criado pelo PS, pelo PSD e pelo CDS que não seja a abolição da cobrança de portagens e a devolução da Via do Infante às populações.

A vida está a confirmar que a decisão de impor portagens que uniu PS, PSD e CDS  foi um crime contra os interesses das populações e da economia regional. Um crime que responsabiliza cada um desses partidos e cada um dos deputados eleitos pelo círculo regional do Algarve que têm votado sucessivamente na Assembleia da República contra a proposta do PCP de abolição de portagens nesta via.

A vida está a confirmar de que os únicos beneficiários com a introdução de portagens são os consórcios – sobretudo a banca - que fazem a exploração da Via do Infante garantindo lucros que são um insulto às condições de vida dos trabalhadores e do povo do Algarve.

A vida está a confirmar que estamos a assistir ao regresso aos tempos da “estrada da morte”, com milhares de automobilistas a serem empurrados para a EN125. Estrada cujas obras de requalificação estão paradas há mais de 6 meses, confirmando assim mais uma negociata do Governo PSD/CDS com o consórcio que ainda viu o aval do Governo para cancelar um conjunto de intervenções urgentes há muito reivindicadas pelas populações.

Para o PCP é preciso dizer Basta! É preciso pôr fim ao desastre que a política do governo está a impor ao país e à região. É preciso intensificar a luta pela derrota deste governo e do Pacto de Agressão, por uma política patriótica e de esquerda que responda aos problemas do país.

Inserida no quadro de uma intensa iniciativa política do PCP no Algarve, amanhã, dia 17, realizar-se-à uma acção de contacto com as populações em vários pontos da EN125, visando a exigência do fim das portagens e o apelo à participação na Greve Geral, convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 14 de Novembro.

O Secretariado da Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP