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Apresentação pública dos primeiros candidatos à Câmara e Assembleia municipais de Vila do Bispo 

No dia 5 de Maio, realizou-se , pelas 18 horas, no Centro de Interpretação de Vila do Bispo, a apresentação pública de Paula Vilallonga, médica, membro do Partido Ecologista os Verdes e primeira candidata da CDU à Câmara Municipal e Teixeira Machado, engenheiro, membro do PCP e primeiro candidato da CDU à Assembleia Municipal deste concelho.

Nesta apresentação, estiveram também presentes e usaram da palavra, Heloísa Apolónia, deputada e membro do Conselho Nacional do PEV, bem como, Vasco Cardoso da Comissão Política do Comité Central do PCP.

Intervenção de Paula Vilallonga

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Camaradas e Amigos:

Represento um grupo de homens, mulheres e jovens que vivem neste concelho e que gostariam de ter oportunidade de aqui continuarem com a sua vida.

Esta região é linda mas a beleza não chega. Urge criar condições onde se possa residir, trabalhar e ocupar os nossos tempos livres.

Importa neste Concelho, tão favorecido pela natureza, ter condições para os que nos querem visitar, se sintam bem recebidos.

Mas, quem aqui vive não pode nem deve sentir que o sentido da sua vida é apenas servir os outros, mas devem sentir que vivem num sítio agradável onde é possível aproveitar a vida, numa comunidade saudável e próspera.

Durante séculos, os homens encerraram as mulheres em interditos sociais que entravaram a sua possibilidade de afirmação.

A idade média concedeu, dificilmente, uma alma à mulher;

Mais tarde, criou-se a imagem da mulher como um ser inferior, que o homem tomou como seu.

Convém refletir que numa sociedade com conduta estritamente masculina, a mulher é aparentemente livre.

Contudo importa trabalhar com o homem e não contra o homem;

Para que tal aconteça a mulher tem de ter a consciência dos seus deveres e direitos e do seu potencial papel na sociedade.

Só assim se libertará, criando oportunidade do surgimento de uma sociedade mais justa e solidária.

O exercício da governação depende das políticas que os seus protagonistas entendam desempenhar. Esses protagonistas, enquanto pessoas, sejam eles homens ou mulheres devem ter sensibilidade, honestidade, inteligência e capacidade de trabalho assim como, capacidade para ouvir as sugestões e opiniões dos munícipes.

Para que isso possa vir a acontecer, podem contar com o nosso empenho, com a nossa intervenção e com o nosso trabalho em áreas tão importantes para este Concelho, como o desenvolvimento económico, social, formativo e educativo.

As políticas terão de ser dirigidas para potenciar a formação e qualificação das pessoas, para o aproveitamento dos recursos e equipamentos existentes, para promover a reabilitação urbana e a habitação a preços acessíveis.

Promover políticas de fixação da população, especialmente dos jovens, promover a melhoria da mobilidade no Concelho e para fora dele, articular as restrições ambientais com o desenvolvimento social, urbano e do setor primário – agricultura e pescas.

Uma palavra para o Parque Natural.

Em Fevereiro de 2011, o Governo do Partido Socialista aprovou o Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina que estabeleceu um conjunto vastíssimo de restrições, imposições e proibições para os usos comuns e tradicionais do espaço e dos recursos por parte das populações locais.

Este novo Plano de Ordenamento mereceu e merece uma forte contestação por parte da população, de pescadores, mariscadores e agricultores que não concordam com uma perspetiva de ordenamento do território que opõe hábitos, práticas e atividades tradicionais à conservação da natureza.

A CDU considera que uma política de ordenamento do território e conservação da natureza não pode ser encarada e aplicada sem ter em conta a componente social, cultural e tradicional das populações.

A CDU considera que a proteção da natureza e a salvaguarda dos valores naturais é tanto mais eficaz, quanto maior for o envolvimento da população. Ao proteger a natureza, também se protege o ser humano.

A CDU defende que a base da política de ordenamento do território são os valores paisagísticos, geológicos, biológicos e morfológicos do Parque Natural, incluindo a faixa costeira e regiões marinhas, tendo em conta os hábitos culturais, sociais e económicos das populações, estabelecendo assim as condições necessárias para que o desenvolvimento local e regional se desenrole sem prejudicar o ambiente.

A CDU defende que na revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural, o ordenamento do território não pode pôr de parte os hábitos, as práticas e as atividades tradicionais. A proteção da natureza e a salvaguarda dos valores naturais têm de ter em conta as atividades humanas realizadas no Parque Natural, para que haja desenvolvimento económico e bem estar da população.

Este desenvolvimento e este bem estar também passam por manter e melhorar os serviços públicos municipais. Isto significa que os trabalhadores da Câmara Municipal tenham melhores condições de vida e de trabalho.

A CDU defende a sua qualificação profissional, melhores carreiras, melhores salários e que vejam valorizado o seu trabalho e a sua profissão.

Apresento-me com um projeto sério, com transparência absoluta, que é o da Coligação Democrática Unitária (CDU).

Com os poucos meios que dispomos, a divulgação das nossas ideias e propostas junto da população, não vai ser tarefa fácil, mas acredito que com a nossa força, determinação e com o nosso trabalho, vamos conseguir.

Como ser humano consciente da minha cidadania, sinto-me apta para tomar posições construtivas, sempre empenhada na defesa dos interesses da população, com o objetivo de promover o desenvolvimento e progresso locais.

Todos os que se revejam nos nossos princípios, devem apoiar e votar na CDU, pois somos honestos, trabalhadores e competentes.

Viva o Poder Local Democrático!

Viva a CDU – Coligação Democrática Unitária!