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Solidariedade com os trabalhadores ilegalmente despedidos do Hotel Crowne Plaza

Assiste-se hoje no Algarve, 42 anos depois do 25 de Abril, na era da democracia e da liberdade e após uma revolução que repôs direitos roubados durante décadas aos trabalhadores e ao povo Português, a uma feroz repressão levada a cabo pelo grande patronato do sector do turismo, precisamente num tempo, em que este sector que é predominante na economia Algarvia, apresenta chorudos proventos, que as grandes empresas do turismo, arrecadam a seu belo prazer, mas à custa de mais exploração e mais repressão sobre os trabalhadores do sector.

Entre muitas outras acções repressivas que o grande patronato da hotelaria no Algarve tem vindo a protagonizar - recusa de aumentos salariais, de pagamento de horas extraordinárias e de salários em atraso - está a repressão pura e dura, numa acção concertada para limitar e criminalizar a actividade sindical, punindo dirigentes e activistas sindicais visando amedrontar os trabalhadores.

O exemplo acabado desta onda de repressão, está expresso no procedimento da administração do Hotel Crowne Plaza Vilamoura, que decidiu a seu belo prazer, ao arrepio da legislação vigente, depois de ter instaurado processos disciplinares, despedir um dirigente, um delegado sindical e um outro activista sindical.

O motivo invocado, que só se pode enquadrar nesta prática abusiva contra os direitos dos trabalhadores, consistiu no facto de estes dirigentes e activistas sindicais, em pleno usos dos seus direitos contidos na lei, juntamente com outros trabalhadores do Hotel, terem participado na distribuição de um comunicado de denúncia da degradação salarial e das condições de trabalho, denunciando também o aumento da precariedade e da galopante repressão patronal.

A Comissão Concelhia de Loulé do PCP, repudia tal procedimento, completamente desgarrado de qualquer prática democrática e do mínimo respeito pelos mais elementares direitos que assistem aos trabalhadores, tanto mais, quando são estes que, com o seu esforço, lhe proporcionam os chorudos lucros que presentemente arrecadam. Neste sentido, o Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República já tomou a iniciativa de questionar o Governo face a esta matéria.

A Comissão Concelhia de Loulé do PCP, solidariza-se com os trabalhadores injustamente atingidos por este despedimento selvagem e com a sua luta pela reposição da legalidade, da justiça e por direitos universais, nos quais se inclui como direito fundamental, o direito ao trabalho. Na vossa luta, podem contar com o PCP!

Loulé 7/12/2016

A Comissão Concelhia de Loulé do PCP