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Comício Festa CDU em Faro com a participação de Jerónimo de Sousa

6 Julho de 2017

 

 

Intervenção de António Mendonça,

vereador da CDU na Câmara Municipal de Faro e primeiro candidato à Câmara Municipal de Faro pela CDU

Amigos e camaradas, boa noite!

Sejam bem-vindos a este Comício-Festa da CDU e permitam-me que saúde fraternal e solidariamente todos os outros primeiros candidatos da CDU presentes no palco deste comício-festa, assim como o dirigente do Partido Ecologista os Verdes e os dirigentes do Partido Comunista Português que aqui estão connosco esta noite.

E que saúde, muito em particular, o camarada Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do Partido Comunista Português.

Para eles um forte aplauso.

A menos de três meses das eleições autárquicas, já estamos a viver um período de grande mobilização e forte envolvimento de tantos e tantos candidatos à representação das populações nos órgãos autárquicos da sua freguesia ou do seu município, o que constitui um aspeto relevante do Poder Local Democrático e nos lança desde já três desafios importantes para, quem como nós, não tem dúvidas de que MAIS CDU FAZ FALTA A FARO e FARO PRECISA DE OUTRO RUMO:

- O primeiro desafio é o de que, no próximo dia 01 de Outubro, a resposta dos trabalhadores e do povo de faro, a resposta dos farenses, não deve ser a abstenção, nem sequer o voto em branco ou o voto nulo, mas sim a escolha responsável, a escolha certa, a escolha de confiança.

Porque não vale nem é justo dizer que “são todos iguais, que todos querem o mesmo”.

Essa não foi, nem é, nem será a realidade da nossa vida política autárquica. A presença distintiva da CDU – Coligação Democrática Unitária, PCP-PEV, no poder local, e a força bem viva do seu projeto de trabalho, honestidade e competência aí estão para o comprovar.

- O segundo desafio também vai para os eleitores, em particular para os farenses, e é um apelo para que olhem para si, para aquilo que são e para os seus interesses e aspirações a uma vida melhor, para que façam uma reflexão clara sobre o seu presente e sobre o futuro que querem para si e para os seus, uma reflexão clara sobre aquilo que desejam que Faro seja no futuro para a maioria da sua população, uma reflexão clara sobre qual o progresso e desenvolvimento locais da comunidade farense por que temos de nos bater, para que avaliem bem todos os malefícios que as governações autárquicas da direita ou comprometidas com políticas de direita lhes têm causado e lhes vão causar e decidam que é tempo de dizer basta, que é tempo de mudar de rumo, que é tempo de não irem mais atrás de interesses que não são os seus, interesses que não são os de Faro nem dos farenses.

- O terceiro desafio é connosco. Com aqueles que teimam politicamente em manter-se diferentes dos que pouco fazem e que recusam ser iguais a todos os outros. Nós que não dispomos de avantajados recursos financeiros, pois não somos nem queremos ser uma candidatura do poder do dinheiro. Mas que temos a convicção dos nossos ideais, a militância pelas nossas causas, a disponibilidade para servirmos em vez de nos servirmos e que em Faro, até às próximas eleições autárquicas, nos iremos bater empenhadamente por mais votos e mais eleitos para a CDU, lutando pela vitória em Santa Bárbara de Nexe e lutando para estarmos presentes e termos mais poder de intervenção em todos os outros órgãos autárquicos do nosso concelho, inclusive na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal.

Amigos e camaradas.

Candidatos, ativistas, apoiantes e simpatizantes da CDU que estão hoje aqui connosco.

Em Faro, nesta nossa candidatura a caminho do próximo dia 01 de outubro, mantemos e reforçamos o lema com que nos candidatámos há quatro anos:

FARO TEM FUTURO!

E com firmeza e convicção vos afirmamos que, COM MAIS CDU e COM OUTRO RUMO, a luta pela construção do futuro de Faro, melhorando sempre o presente, vai prosseguir e intensificar-se em todas as frentes de combate e em todas as áreas em que o Poder Local Democrático tenha a obrigação de intervir.

Não pode ser de outra maneira.

O território deste nosso concelho e a diversidade dos seus recursos naturais - as ilhas barreira, a Ria Formosa, a campina de Faro, o barrocal -, mais o valor e a capacidade das pessoas que o habitam e das empresas, associações e instituições públicas e privadas que o enriquecem, exigem aproveitamento e desenvolvimento.

O nosso património edificado – cultural, residencial, comercial, industrial, associativo ou institucional -, desde os núcleos populacionais das ilhas barreira até aos lugares, sítios e aldeias do barrocal, tem de ser cuidado, reabilitado ou reconvertido e regularizado, sendo urgente fazer recuar o desmazelo e o abandono.

As infraestruturas rodoviárias, ferroviárias, portuárias e aeroportuárias de que o nosso concelho está dotado - algumas delas de grande importância estratégica não só para nós mas também para a região -, têm que ser adequadamente cuidadas, reabilitadas e desenvolvidas.

Aos espaços públicos, às estradas e caminhos municipais, à mobilidade de pessoas e mercadorias tem de chegar melhoria e progresso.

Os trabalhadores, as famílias, as empresas, as associações e as instituições que já cá estão ou que aqui venham a estar têm de ser os agentes locais de desenvolvimento que, em parceria mediadora e facilitadora com todos os órgãos autárquicos concelhios, também eles agentes do desenvolvimento, se posicionam na linha da frente do combate pelo futuro de Faro.

Futuro que, para a CDU e com a CDU, passa pelo aproveitamento de todas as potencialidades concelhias e pela negação e combate prático à ideia de que o pequeno deve sucumbir ao grande, de que o que vem de fora é sempre melhor do que aquilo que nós somos capazes de fazer e de que o privado ou a gestão privada vale sempre mais do que o público ou a gestão pública.

Na revisão em curso do Plano Diretor Municipal e na elaboração em curso do Plano de Mobilidade e Transportes a nossa intervenção tem sido e continuará a ser balizada pelos pressupostos que acabámos de enunciar.

Batemo-nos e continuaremos a bater-nos por um concelho que se afirme pela força das suas práticas culturais e desportivas, pelo empenho com que cuida da infância e da velhice, pelos horizontes que abre à juventude, pelas condições de trabalho que oferece à população ativa, pelos incentivos que dá às atividades económicas e pela força política com que se empenha na criação da Administração dos Portos do Algarve e que não esquece o combate pela regionalização e a criação da Região Administractiva do Algarve.

A título de exemplo: interviemos e continuaremos a intervir no Apoio Anual ao Associativismo com propostas de melhoria e aperfeiçoamento, batendo-nos sempre pelo objetivo de não menos do que 2% do orçamento municipal, cerca de 900 mil a 1 milhão de euros anuais, tanto neste ano de eleições autárquicas como nos seguintes.

Das freguesias ao município, batalhámos e continuaremos a batalhar por uma estrutura autárquica prestigiada, orientada para a boa prestação de serviços aos munícipes e com os seus recursos humanos mais valorizados e motivados.

Tínhamos seis freguesias e estávamos bem assim. Para nós, a restauração das freguesias da Sé, de São Pedro, da Conceição e de Estoi vai continuar na ordem do dia, porque comprovadamente as duas Uniões de Freguesias valem menos para as populações do que as quatro freguesias extintas pelo anterior governo do PPD/PSD e CDS-PP, contra a vontade expressa de todos os órgãos autárquicos do concelho de Faro.

Também continuaremos a bater-nos, no processo de que há muito tempo a Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe é a principal voz, processo de contratualização com a Câmara Municipal de mais meios e mais competências para as Juntas de Freguesia, cuja acção. conjuntamente com os restantes eleitos da CDU, obrigou a um reforço significativo das verbas a transferir este anos, conforme foi aprovada na semana passada em reunião da Assembleia Municipal

E lembramos ainda a luta pela semana de trabalho de 35 horas que, contra o PPD/PSD e o CDS-PP no governo e na Câmara Municipal de Faro e com a a luta dos trabalhadores e a CDU na linha da frente do combate travado, terminou vitoriosa e que tem de ser estendida a todos os trabalhadores da AMBIFARO e da FAGAR.

Em relação à situação da FAGAR, empresa municipal em que o Município detém 51% e os privados 49%, lembramos que denunciamos, desde que foi constituída, que os interesses dos munícipes e de uma boa administração pública local têm estado a ser mal defendidos. As apreciações e determinações do Tribunal de Contas comprovaram muito daquilo que sempre afirmámos e hoje, em fim de mandato, ainda não foram aprovadas e implementadas as alterações consequentes.

Não excluímos, a prazo, que o Município de Faro venha a deter a FAGAR a 100% e bater-nos-emos por isso.

Entretanto, importa conseguir que os munícipes paguem menos pela água e pelos serviços que a FAGAR presta.

Quanto à AMBIFARO, é urgente que os mais de 400 mil euros que o Município para lá transfere anualmente possam ser reduzidos. Continuaremos a bater-nos por isso.

- Consolidadas as contas de 2016, verificamos que a evolução da dívida global do Município foi positiva e não podia ser de outra maneira. Ano após ano, tivemos IMI e derrama em taxas máximas e o investimento público municipal em valores mínimos, com a capacidade de trabalho operário do município drasticamente reduzida.

A aceitação do Plano de Ajustamento Financeiro e a adesão ao Programa I do Programa de Apoio à Economia Local – PAEL, obra conjunta do PPD/PSD e do CDS-PP no governo e na Câmara Municipal de Faro, inevitabilidade sempre afirmada com grande cumplicidade pelo Presidente da Câmara, instrumentos de forte asfixia da comunidade farense - pessoas, famílias, empresas, associações e instituições –, contra os quais sempre nos batemos, estamos finalmente livres deles, graças aos enormes sacrifícios dos farenses e à actual correlação de forças existente na Assembleia da República, alcançada nas últimas eleições legislativas e que é resultante da luta do povo português e da intervenção decisiva do PCP.

Viver e produzir na Ria Formosa, lutar pelo aproveitamento do edificado e consequente requalificação e regularização, no respeito pelas populações e pelo ambiente, contra as demolições e a renaturalização dos núcleos habitacionais da Praia de Faro Nascente e Poente – Península do Ancão e da Ilha da Culatra – Farol, Hangares e Culatra, contou sempre com a CDU e teve, por proposta da CDU, um momento institucional de grande simbolismo e alento para a luta das populações e das suas Associações com a realização de uma reunião pública da Câmara Municipal no Núcleo dos Hangares, na Ilha da Culatra.

Neste processo, onde muitos deram o dito por não dito, sacudiram responsabilidades, prometeram uma coisa antes das eleições e fizeram outra depois, vestiram t-shirts de ocasião, a CDU foi a força política mais coerente e consequente neste combate. Alertámos para os verdadeiros objectivos das demolições que foram iniciadas pelo Governo PSD/CDS e continuadas pelo actual governo do PS, ou seja: expulsar as populações que lá vivem e trabalham para entregar esse vasto e rico território aos grandes interesses. Reuniões, visitas, propostas apresentadas na Assembleia da República e nos órgãos autárquicos de Faro e Olhão, presença em todos os momentos e acções de protesto. Sim, foi a CDU, foi o PCP e o PEV, aqueles que estiveram ao lado dos ilhéus até ao fim. Aqueles com estes sabem que podem contar hoje, amanhã e sempre, numa luta que está longe de estar terminada.

As populações e as suas associações sabem que podem continuar a contar com a CDU.

- No próximo Dia da Cidade, um dos agraciados com a Medalha de Mérito – Grau Ouro do Município de Faro é o Professor Doutor António Branco, Reitor da Universidade do Algarve, o que nos deve lembrar a enorme importância estratégica desta Universidade pública para Faro e para o Algarve e, se está certo o lema ESTUDAR ONDE É BOM VIVER, não menos certo estaria se disséssemos também VIVER ONDE É BOM ESTUDAR.

Isto é, FARO tem de ser bom para viver e bom para estudar.

Bom para viver para todos e bom para estudar também para todos, desde a pré-primária até à Universidade.

É por isso que a Habitação Social não pode continuar a ser uma quinta de muros altos do Presidente da Câmara Municipal de Faro, que tarda em prestar contas à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal do que faz ou não faz.

A Câmara Municipal de Faro, em 2016 e 2017, por proposta da CDU, tem tido no orçamento mais meios financeiros para adquirir e reabilitar habitações, com a finalidade de acorrer às situações mais graves de falta de casa, e a maioria PSD/CDS na Câmara Municipal ainda não conseguiu uma única concretização que fosse. Nem sequer aquela primeira que homenagearia José Afonso e que a Câmara Municipal aprovou, proposta também pela CDU.

MAS NÓS CONTINUAREMOS A LUTAR COM TODA A DETERMINAÇÃO PELO FUTURO DE FARO, PELO FUTURO QUE FARO MERECE.

E TRABALHANDO SEMPRE PARA MELHORAR O PRESENTE.

PARA QUEM SE SENTE E SE QUER DO LADO ESQUERDO DA VIDA, PARA QUEM CONSIDERA QUE FAZ FALTA A PORTUGAL UMA POLÍTICA PATRIÓTICA E DE ESQUERDA, É COM MAIS CDU e OUTRO RUMO EM FARO QUE VAMOS LÁ!

QUE O CONTRIBUTO DOS FARENSES, A FAVOR DE FARO, DO ALGARVE E DE PORTUGAL, SE TRADUZA EM MAIS VOTOS E MAIS ELEITOS PARA A CDU.

Viva a Coligação Democrática Unitária, CDU

Viva o Partido Ecologista os Verdes

Viva o Partido Comunista Português

Viva Faro

Viva o Algarve

Viva Portugal

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